A todos os palhaços que há 39 anos dizem sempre a mesma merda e a todos os palhaços que desde então decidem dizer a mesma merda:
A memória é muito importante para o futuro de uma nação. É necessário relembrar tudo de mau e tudo de bom para que haja cada vez mais bom e cada vez menos mau. Contudo, a memória por si só, nada faz.
Desta forma entristece-me que em Portugal, ao fim de 39 anos ainda continuamos a viver o 25 de Abril de 1974 da mesma forma que o vivemos a 26 de Abril de 1974. Ainda estamos maravilhados com a revolução e com as promessas de uma nova era. Ainda estamos à espera que tudo se concretize num reflexo digno do Sebastianismo. Ainda elogiamos os Capitães de Abril como se não houvesse amanhã e legitimamos os mesmos a falar de coisas que não sabem e de forma arbitrária.
A única diferença é que agora queixam-se que o 25 de Abril não era suposto ser assim.
Francamente, já estou farto de celebrar o 25 de Abril (ou ver as celebrações). É sempre a mesma merda pomposa e de encher o peito. O orgulho do dia e não o orgulho da mudança. O relembrar de quem fez a revolução e o esquecer (e perdoar) de todas as pessoas que desde então esqueceram-se que também elas têm o dever de continuar essa mesma revolução. Todas as pessoas que batem no seu peito em lisonja e dão palmadas das costas de uma liberdade, da qual, na verdade, pouco querem saber a não ser que seja a sua liberdade posta em causa.
Toda a gente se esquece que a revolução acontece todos os dias e todos nós somos (ou deveríamos ser) parte dela. Todas as nossas acções contribuem para a construção de um país melhor e mais justo. Se é verdade que é importante relembrar o passado é também importante relembrar que é o presente que constroi o futuro e não o passado.
Hoje, mais importante que o 25 de Abril de 1974 é o 27 de Abril de 2013. É hoje que importa e é hoje que nos devemos comportar à altura daquilo que (supostamente) queremos atingir.
Já chega de falar de liberdades condicionadas quando muitas delas são condicionadas pelo próprio povo. Já chega de falar dos direitos que nos foram revogados, quando muitos deles nem sequer fazem o menor sentido.
Agora é hora das pessoas exercerem não só a sua liberdade em participar em manifestações inúteis e desprovidas de valor (e muitas vezes de sentido). É hora sim de exercer a liberdade de participar na vida pública. Se acham que podem fazer melhor, proponham-se a fazer melhor. É hora de todos no dia a dia actuarem como cidadãos de um país livre e não como cidadãos de um submundo onde apenas o nosso bem estar importa e onde apenas lutamos para estar melhor que os outros.
Agora é hora do presente e não de vangloriar um passado que não é nada mais do que isso, um passado. Importante mas apenas para ser recordado como factor a considerar em decisões futuras. E só lutando pelo presente conseguiremos atingir os ideais do 25 de Abril de 1974.
A memória é muito importante para o futuro de uma nação. É necessário relembrar tudo de mau e tudo de bom para que haja cada vez mais bom e cada vez menos mau. Contudo, a memória por si só, nada faz.
Desta forma entristece-me que em Portugal, ao fim de 39 anos ainda continuamos a viver o 25 de Abril de 1974 da mesma forma que o vivemos a 26 de Abril de 1974. Ainda estamos maravilhados com a revolução e com as promessas de uma nova era. Ainda estamos à espera que tudo se concretize num reflexo digno do Sebastianismo. Ainda elogiamos os Capitães de Abril como se não houvesse amanhã e legitimamos os mesmos a falar de coisas que não sabem e de forma arbitrária.
A única diferença é que agora queixam-se que o 25 de Abril não era suposto ser assim.
Francamente, já estou farto de celebrar o 25 de Abril (ou ver as celebrações). É sempre a mesma merda pomposa e de encher o peito. O orgulho do dia e não o orgulho da mudança. O relembrar de quem fez a revolução e o esquecer (e perdoar) de todas as pessoas que desde então esqueceram-se que também elas têm o dever de continuar essa mesma revolução. Todas as pessoas que batem no seu peito em lisonja e dão palmadas das costas de uma liberdade, da qual, na verdade, pouco querem saber a não ser que seja a sua liberdade posta em causa.
Toda a gente se esquece que a revolução acontece todos os dias e todos nós somos (ou deveríamos ser) parte dela. Todas as nossas acções contribuem para a construção de um país melhor e mais justo. Se é verdade que é importante relembrar o passado é também importante relembrar que é o presente que constroi o futuro e não o passado.
Hoje, mais importante que o 25 de Abril de 1974 é o 27 de Abril de 2013. É hoje que importa e é hoje que nos devemos comportar à altura daquilo que (supostamente) queremos atingir.
Já chega de falar de liberdades condicionadas quando muitas delas são condicionadas pelo próprio povo. Já chega de falar dos direitos que nos foram revogados, quando muitos deles nem sequer fazem o menor sentido.
Agora é hora das pessoas exercerem não só a sua liberdade em participar em manifestações inúteis e desprovidas de valor (e muitas vezes de sentido). É hora sim de exercer a liberdade de participar na vida pública. Se acham que podem fazer melhor, proponham-se a fazer melhor. É hora de todos no dia a dia actuarem como cidadãos de um país livre e não como cidadãos de um submundo onde apenas o nosso bem estar importa e onde apenas lutamos para estar melhor que os outros.
Agora é hora do presente e não de vangloriar um passado que não é nada mais do que isso, um passado. Importante mas apenas para ser recordado como factor a considerar em decisões futuras. E só lutando pelo presente conseguiremos atingir os ideais do 25 de Abril de 1974.