Há coisas que me repugnam na sociedade de hoje em dia.
No youtube circula um vídeo de um casal que fazia sexo na Rua de Santa Catarina. Toda a gente sabe mas para quem nunca lá tenha passado é uma rua central da cidade do Porto onde passam todos os dias milhares de pessoas.
Posto isto uma senhora intervém junto do casal (ou bêbedos ou pedrados) no sentido que parem com aquele acto (vergonhoso). Posto isto a tipa que estava deitada no chão pôs-se a pé e ripostou como se tivesse muita razão. Em menos de nada já tinha levado uma chapada e já estavam a agarrar o cabelo uma à outra. O macho do casal pôs-se a pé preparando-se para agredir a senhora que tentou acabar com a vergonha. Nisto aparece um quarto interveniente que lhe atesta um soco que atira o macho ao chão partindo de seguida uma garrafa da qual o casal estava a beber.
Muito bem. Se lermos os comentários do youtube há gente a condenar aqueles que intervieram no sentido de acabar com a pouca vergonha. O que é fabuloso. Porque bem "coitadinhos só estavam a fazer sexo na rua". E as pessoas e crianças têm que aturar com coisas dessas? Será que hoje em dia não há limites para o respeito?
Ora, maior parte das pessoas que defendem a não violência e que as pessoas em vez de partir para a agressão poderiam ter chamado a polícia assumem-se como de Lisboa ou de localidades que não na zona norte.
Tudo bem que se podia ter chamado a polícia mas aquilo mais que um caso de polícia é um caso de civismo. E o civismo é imposto pela sociedade civil, na qual se inclui a polícia, obviamente, mas também se inclui uma coisa mais importante ainda. As pessoas.
Se as pessoas não fizerem nada as coisas vão piorar. Se ignorarmos as nossas responsabilidades civis a civilização vai desaparecer e seremos apenas um bando de animais sem qualquer regra social e sem qualquer respeito.
Já se sabe que para o bem ou para o mal as pessoas no norte são menos tolerantes com este tipo de actos. E sim, sobe mais a mostarda ao nariz as essas pessoas e agem de forma mais inconsequente e bruta. Mas uma coisa é certa, em dois minutos resolveu-se aquele problema. Em vez de esperarmos quinze, vinte ou trinta minutos que a polícia aparecesse e entretanto todas as pessoas que por ali passassem, velhos, adultos e crianças tinham que assistir ao espectáculo degradante. É uma palhaçada.
Consequentemente ontem foi realizada uma manifestação contra o encerramento do wikileaks.
Eu pessoalmente sou contra uma organização como a wikileaks. A liberdade de expressão é algo de valioso. Mas a nossa liberdade é algo de valioso também.
Este tipo de liberdade de expressão poderá acarretar riscos perigosos a curto prazo. A eventual revelação de alguma informação importante pode levar à precipitação de confrontos entre países cujas relações são periclitantes.
Depois há aquela questão de já terem sido revelados 20 000 ficheiros, mas desses quantos são realmente relevantes? Eu não consultei nenhum portanto não faço ideia mas temo que, pelas notícias relacionadas a esse site, dos 20 000 ficheiros pelo menos 10 000 deverão ser irrelevantes.
Finalmente há a questão de maior parte dos documentos serem informações confidenciais. Isso quer dizer que a wikileaks ultrapassa o limite da liberdade. A nossa liberdade acaba quando interfere com a liberdade dos outros. Eu penso que qualquer país deverá ter a liberdade de comunicar livremente dentro das suas próprias instituições.
Apesar disto tudo e de todos os argumentos que se possam dar a favor ou contra a wikileaks é estranho pensar que há pessoas que se virem um casal na rua a fazer sexo descaradamente em frente a crianças e tudo mais, não faz nada, mas se fecharem um site que pouco ou nenhum impacto tem na felicidade comum, é apenas um (mais um) instrumento jornalístico incendiário, nesse caso já fazemos alguma coisa.
Eu sei ou pelo menos suponho que as pessoas que se manifestaram a favor da manutenção do wikileaks poderão não ter nada a ver, ou nem sequer concordam com a falta de acção contra a pouca vergonha que se passou em Santa Catarina. Mas há aqui um padrão, que é bastante grave e é preciso ter noção de isso.
Hoje maior parte das pessoas se vir alguém a ser assaltado, vira a cara, não acode a vítima do assalto. Se vir alguém a ser violado, desvia o caminho, não acode a vítima de violação. Se vir alguém a ser agredido gratuitamente, faz de conta que não é nada com ele, em vez de defender aquele que basicamente está a ser espancado. Isto é preocupante.
Já as pessoas manifestarem-se a favor da manutenção de um site que pouco mais faz do que espalhar brasas (e ainda bem) são só pessoas estúpidas e sem qualquer objectividade.
No youtube circula um vídeo de um casal que fazia sexo na Rua de Santa Catarina. Toda a gente sabe mas para quem nunca lá tenha passado é uma rua central da cidade do Porto onde passam todos os dias milhares de pessoas.
Posto isto uma senhora intervém junto do casal (ou bêbedos ou pedrados) no sentido que parem com aquele acto (vergonhoso). Posto isto a tipa que estava deitada no chão pôs-se a pé e ripostou como se tivesse muita razão. Em menos de nada já tinha levado uma chapada e já estavam a agarrar o cabelo uma à outra. O macho do casal pôs-se a pé preparando-se para agredir a senhora que tentou acabar com a vergonha. Nisto aparece um quarto interveniente que lhe atesta um soco que atira o macho ao chão partindo de seguida uma garrafa da qual o casal estava a beber.
Muito bem. Se lermos os comentários do youtube há gente a condenar aqueles que intervieram no sentido de acabar com a pouca vergonha. O que é fabuloso. Porque bem "coitadinhos só estavam a fazer sexo na rua". E as pessoas e crianças têm que aturar com coisas dessas? Será que hoje em dia não há limites para o respeito?
Ora, maior parte das pessoas que defendem a não violência e que as pessoas em vez de partir para a agressão poderiam ter chamado a polícia assumem-se como de Lisboa ou de localidades que não na zona norte.
Tudo bem que se podia ter chamado a polícia mas aquilo mais que um caso de polícia é um caso de civismo. E o civismo é imposto pela sociedade civil, na qual se inclui a polícia, obviamente, mas também se inclui uma coisa mais importante ainda. As pessoas.
Se as pessoas não fizerem nada as coisas vão piorar. Se ignorarmos as nossas responsabilidades civis a civilização vai desaparecer e seremos apenas um bando de animais sem qualquer regra social e sem qualquer respeito.
Já se sabe que para o bem ou para o mal as pessoas no norte são menos tolerantes com este tipo de actos. E sim, sobe mais a mostarda ao nariz as essas pessoas e agem de forma mais inconsequente e bruta. Mas uma coisa é certa, em dois minutos resolveu-se aquele problema. Em vez de esperarmos quinze, vinte ou trinta minutos que a polícia aparecesse e entretanto todas as pessoas que por ali passassem, velhos, adultos e crianças tinham que assistir ao espectáculo degradante. É uma palhaçada.
Consequentemente ontem foi realizada uma manifestação contra o encerramento do wikileaks.
Eu pessoalmente sou contra uma organização como a wikileaks. A liberdade de expressão é algo de valioso. Mas a nossa liberdade é algo de valioso também.
Este tipo de liberdade de expressão poderá acarretar riscos perigosos a curto prazo. A eventual revelação de alguma informação importante pode levar à precipitação de confrontos entre países cujas relações são periclitantes.
Depois há aquela questão de já terem sido revelados 20 000 ficheiros, mas desses quantos são realmente relevantes? Eu não consultei nenhum portanto não faço ideia mas temo que, pelas notícias relacionadas a esse site, dos 20 000 ficheiros pelo menos 10 000 deverão ser irrelevantes.
Finalmente há a questão de maior parte dos documentos serem informações confidenciais. Isso quer dizer que a wikileaks ultrapassa o limite da liberdade. A nossa liberdade acaba quando interfere com a liberdade dos outros. Eu penso que qualquer país deverá ter a liberdade de comunicar livremente dentro das suas próprias instituições.
Apesar disto tudo e de todos os argumentos que se possam dar a favor ou contra a wikileaks é estranho pensar que há pessoas que se virem um casal na rua a fazer sexo descaradamente em frente a crianças e tudo mais, não faz nada, mas se fecharem um site que pouco ou nenhum impacto tem na felicidade comum, é apenas um (mais um) instrumento jornalístico incendiário, nesse caso já fazemos alguma coisa.
Eu sei ou pelo menos suponho que as pessoas que se manifestaram a favor da manutenção do wikileaks poderão não ter nada a ver, ou nem sequer concordam com a falta de acção contra a pouca vergonha que se passou em Santa Catarina. Mas há aqui um padrão, que é bastante grave e é preciso ter noção de isso.
Hoje maior parte das pessoas se vir alguém a ser assaltado, vira a cara, não acode a vítima do assalto. Se vir alguém a ser violado, desvia o caminho, não acode a vítima de violação. Se vir alguém a ser agredido gratuitamente, faz de conta que não é nada com ele, em vez de defender aquele que basicamente está a ser espancado. Isto é preocupante.
Já as pessoas manifestarem-se a favor da manutenção de um site que pouco mais faz do que espalhar brasas (e ainda bem) são só pessoas estúpidas e sem qualquer objectividade.
Etiquetas: acontecimento, opinião, porto
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