Estava a ler coisas na internet quando me deparei com alguns comentários que me fizeram rir genuinamente pela parvoíce associada aos mesmos.

Passo a citar!

"Sim é verdade!!! Espantem-se os bolcheviques e os nacionalistas do protocolo, que o traje académico tem como missão basilar igualar toda a classe estudantil, independentemente de raças, credos, contas bancárias, partidos políticos, associativismos, cursos e filiações.

E assim dá-se o milagre social de o menino que usa t-shirt da Tommy, e a menina de blusão "Gap" não serem distinguíveis, quando bem trajados, dos manos "Batista" que apenas podem usar a T-shirt com publicidade à “auto-reparadora” da família!

Como estive lá, voluntariamente, a participar como caloiro e posteriormente como trajado, num período superior a “um bom par de anos”, falo com legitimidade, conhecimento de causa e espantem-se os activistas do MPRTMP (Movimento a Praxe Razão de Todos os Males de Portugal) serei imparcial, como poderão constatar, se se derem ao trabalho de ler o texto até ao fim, pois apontarei defeitos e virtudes, bons agentes e parasitas desta actividade.

Importa saber então, quem pode falar sobre este assunto. A saber… Praxistas e praxados em actividade, “ex-praxistas”, actuais e ex-alunos anti praxe e é aqui que há uma condição eliminatória para a discussão, DESDE QUE ESTES tenham ido a uma praxe mais que uma vez e tenham sido praxados por mais que uma pessoa!!! Quem apenas lá foi uma hora para ver se gostava, quem apenas lá andou um dia enquanto” não arranjava casa”, quem nunca participou activamente numa actividade de praxe, quem possa ter tido o azar de ser mal praxado UMA ÚNICA VEZ, por algum troglodita (que os há e muitos a contaminar a praxe) e decidiu, em consciência, não participar, não tem absolutamente voto nesta matéria.

Posto isto mais ridículo é quem nunca frequentou o ensino superior vir questionar ou defender isto ou aquilo que ocorre no meio académico. Não seria sensato, “ desancar” toda a população de Arraiolos pelo seu método de confecção de tapetes, quando nunca lá se esteve nem se percebe patavina de métodos artesanais de tapeçaria !!!!"


Isto anda para aí em Facebooks etc, eu queria só apontar algumas coisas. O traje serve para igualar toda a classe estudantil. Essa é bastante interessante. Porque então eu só posso ser um igual se tiver 250€ para gastar no traje. Palmas.
Dado que não estamos no Séc. XIX é um bocado palerma defender com esta veemência um simples pedaço de pano e proclamar aos céus a virtude do traje. Tendo ainda mais em conta esta situação muito simples, muitos praxistas tentam impedir os que não são praxados de trajar, portanto, bela teoria de merda, essa do traje para "igualar".

Mais engraçado ainda esta afirmação de que só pode falar da praxe quem já foi praxado, mas atenção, têm que ter sido praxados mais do que uma vez e por pessoas diferentes.

Eu conheço apreciadores de restaurantes para o Guia Michelin que foram despedidos porque não conseguiram ir ao restaurante a a avaliar e comer o mesmo prato feito por pessoas diferentes. Está lá escrito nos estatutos.

Para uma pessoa que brada tanto à igualdade que existe na necessidade de trajar, está a mostrar também um lado diferenciador. Eu só posso falar se experimentei duas vezes e com duas pessoas diferentes. Não interessa se eu vi alguém a levar um tiro, não posso falar porque nunca fui praxado.
Enfim, um rigor digno de um ditador que deseja diminuir o espectro de opinião para obter conclusões mais previsíveis.
Fico então a aguardar essas sondagens em que as pessoas que dão a opinião têm que ter estado em cada um dos partidos, pelo menos duas vezes e com sercretários gerais/presidentes de partido diferentes. Ou então aquela opinião informada que as pessoas têm sobre economia e finanças e que certamente se baseia em não uma, mas duas profundas participações nesse mundo. P-A-T-É-T-I-C-O

Depois este pequeno doce que encontrei na internet e que tive de ler porque de imediato quis verificar estes assuntos com os quais tenho de me identificar porque eu deito-me sempre às 8h30 da manhã. Um post chamado: 10 coisas que só quem se deita tarde é que percebe.

1- Percebe como é acolhedor o silêncio da madrugada; - Quando muito percebo como é sinistro o silêncio e a escuridão da madrugada. 

2- Percebe o que é ter muita fome e conseguir deixar a preguiça de lado e ir até à cozinha; - Como antes de dormir e só me ponho a pé em casos de extrema necessidade. Fome não é uma dessas necessidades.
3- Gosta de ter a companhia de uma televisão ligada, mesmo que não esteja a ver o que lá está a dar; - Esta deve ser só para palermas que não conseguem viver a sua própria vida
4- Não fica surpreendido por de repente ter uma enorme vontade de colocar todos os objectivos e projectos em prática de uma só vez; - Piada do Século. Eu quando me deito tarde não me surpreendo é por adormecer tão depressa.
5- Fica irritado quando alguém lhe manda bocas por dormir demasiado, quando apenas dorme 6 a 8 horas por dia e por vezes menos; - Trata-se de uma questão mais simples. Se estiveres rodeado por parvalhões recebes essas bocas. Eu nunca recebi.
6- Percebe a alegria de saber que um estabelecimento está aberto 24 horas por dia; - Percebo a tristeza de saber que há pessoas que têm de estar a trabalhar a horas em que é normal estar a descansar e nas quais há maior exigência física e psicológica.
7- Fica orgulhoso quando lê pesquisas que provam que quem se deita tarde é mais inteligente; - Meu deus. Há pesquisas claramente enviasadas no objectivo e essencialmente focadas em comunidades estudantis. Também dizem que quem fuma drogas é mais inteligente. Bem, boa sorte com o cancro.
8- Não compreende como há pessoas que conseguem acordar às 7h da manhã com bom humor; - Eu compreendo, mas os que não compreendem devem ser os que recebem o tratamento do ponto 5.
9- Tem inveja de quem se deita e adormece logo; - Já não tenho unhas de tanta inveja.
10- Sabe, verdadeiramente, o quão doloroso é acordar antes do meio-dia. - "Whatever"

Afinal não me identifico.

Finalmente. 


"Aquele momento onde acabas de ler um livro do Nicolas Sparks e estás a chorar como uma desalmada... — a sentir-se emocionada."
Não tenho grande comentário. Mas devo confessar que cagalhões nunca me emocionaram.