Hello everyone.

Aqui estou eu para falar da música mais espectacular que se pode ouvir num concerto. É aquela coisa que eu não sei bem explicar, mas esta música tem algo que definitivamente me eleva a novas galáxias de emoção. Na verdade são três músicas. Uma mais que a outra e a outra mais que a terceira. Mas todas elas me tocam bem fundo em sentimentos diferentes.

Escusado será dizer que as três músicas são dessa banda que eu nunca falei aqui antes. Os dEUS. Ora nem mais. Há muita gente que gosta deles, mas daí, apenas um décimo deles deve entender em toda a sua plenitude o que significa gostar dos dEUS e o que é que significa gostar das músicas dos dEUS.

A música que mais excita, apenas pela adrenalina do carrossel de som e esquizofrenia que contem, é a Suds & Soda. É algo naquele violino electro-maníaco-repetitivo, junto com a guitarra marcada à qual juntamos o Tom Barman a cantar quase que num hip hop subvertido num rock, junto daquela voz insistente e poderosa que grita "FRIDAY". É algo nisso tudo que caminha a olhos vistos para uma apoteose que apesar de saber que vai chegar me surpreende sempre de tão intensa que é. Seja Super Sharp ou Sabotage naquela pausa final a música ganha uma força de explosão e êxtase contido que mais nenhuma consegue ter.






Eu estive lá!



A segunda música no meu top é uma música com a qual me identifico bastante até porque foi a banda sonora do período mais feliz da minha vida :)

Começa com uma inocência semelhante àquela que sentimos quando partimos à descoberta. É um fio que puxamos com uma mão de cada vez e que traz sempre qualquer coisa nova, qualquer detalhe novo e delicioso. Na música são as guitarras, o violino ou o piano, a voz e a outra voz que aparece no refrão. É a segunda parte onde nos recriamos num jardim repleto de dentes de leão e felicidade oculta nos sentimentos que não queremos bem mostrar ainda. E volta o refrão agora cantado a dois e que acaba no início do maior splash musical de sempre. Um solo de cinco notas apenas. com uma guitarra, normalmente empunhada por um senhor que deve ser um dos melhores escritores de música de sempre e que sente esta música bem a sério quando está em palco. E ver o violino a subir. A bateria a aumentar a densidade como o pulsar de um coração que caminha para um grande momento de emoção. E a outra guitarra cada vez mais depressa e a música cada vez mais intensa, apesar de parecer impossível aumentar, ela aumenta e na minha cabeça tudo o que aparece são momentos e fotografias que nunca poderei emoldurar mas que estão bem à vista na minha cabeça e no meu coração e que significam mais que tudo para mim e com isto tudo, quando a música acaba naquele fim que se perpetua eu tenho lágrimas nos olhos. Só nesta música.







Nesta versão tal como na seguinte não estive, mas já as vi ambas três vezes. O que é fucking amazing!

Finalmente a outra música desperta em mim algo de mais selvagem. Desperta um bocado a revolta. A sample é repetitiva, mas confiem em mim. Se ouvirem aquilo ao vivo sentem a roupa a tremer com a força daquele som. Um som que não nos deixa olhar para o lado. Chama-nos. A música evolui com uma coisa de cada vez, com uma letra sobre alguém que quer impôr algo com boas maneiras. He said No More Loud Music. E quando a música nos começa a conquistar pelo seu groove e pelo seu jingar (não em ocorre palavra melhor) "I told you once I told you twice" e bum! A música rebenta a intervalos de poucos segundos. Sendo que em cada explosão há sempre algo de novo e mais forte. Ao fim de algumas explosões a banda contenta-se com por tudo no mesmo ritmo, acompanhado de loops maníacos e sinistros, enquanto alguém pergunta "You got something to say? C'mon tell me right now!" sim, eu penso nisso muitas vezes, apetece-me muita vezes perguntar a muita gente se têm problemas e às vezes faço-o e digo o mesmo, forço e tenho vontade de forçar as pessoas a terem coragem para mo dizerem na cara. E depois STOP! e alguém começa a gritar acompanhado por uma guitarra que em breve é toda uma banda num ritmo maníaco e assustador que parece um sonho mas é na verdade um puro momento de adrenalina em que nos excedemos até que a música por breves segundos volta ao ritmo compassado e poderoso em que estava antes, apenas para voltar à adrenalina com a ainda mais força. Como alguém que reforça um argumento e que não esquece o que acabou de dizer e que quer dizer. A música volta ao ritmo anterior apenas para voltar a uma versão reduzida dos gritos que a mim me soa a apenas a "Eu não esqueço! E estás avisado".