Coisas

A Suécia reconheceu ontem o Estado Palestiniano. Israel, apressou-se a dizer que conseguir a paz no médio-oriente não é tão fácil como montar um móvel do IKEA.

È pena mais nenhum país da UE se chegar à frente e reconhecer aquilo que é óbvio. A Palestina é um estado que não tem armas para se defender e está fraccionada pelas acções hostis  de Israel.
Como se pode perceber pela resposta de Israel à notícia, Israel está inchado de arrogância para com a comunidade internacional que não alinha pelo discurso pró Israel. É curioso como 135 países já reconheceram oficialmente o Estado Palestiniano e no mundo só há 196 países.
Reconhecer o Estado Palestiniano não é a solução para o problema, ma sé umk passo para pressionar o maior alidade de Israel, EUA, a mudarem de ideias e deixarem de apoiar as acções bárbaras e contínua violação dos direitos dos palestinianos.
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O CEO da Apple assumiu a sua homossexualidade. Tudo bem. O que não está bem é a frase "Tenho orgulho de ser gay".

E não está bem porquê. Não quero aqui dizer que ele não deva estar feliz ou não deva ser respeitado pela sua escolha. Para mim, gay, hetero, trans, bi, é tudo água do mesmo balde. Não sou homofóbico e que fique bem claro isto, para não ter de ouvir choro.
O meu problema com esta frase é que se eu saísse à rua e dissesse "Tenho orgulho em ser heterossexual" como é que isso seria interpretado? Seria interpretado como um comentário homofóbico que nada mais visaria do que elevar a virtude de ser heterossexual. E para mim o comentário do CEO da Apple, entra na categoria do querer mais do que aquilo que se deve.
É gay? Óptimo, podemos continuar com as nossas vidas? Porque a mim não me interessa se ele tem orgulho ou não. E acho que é daqueles "double standards" que existe. As minorias (e muitas feministas que não são uma minoria), em vez de lutarem pela igualdade, lutam pela superiorização. E isso é perfeita estupidez. Eu sou gay, sou melhor. Sou mulher, sou melhor. Sou preto, sou melhor. Não não sou. Eu sou branco, sou homem e sou hetero. Também posso dizer que sou melhor? Não. Eu sou um ser que anda nesta terra e mais nada. E é assim que todos nos devíamos ver. Apenas alguém que tem o privilégio de estar vivo e poder viver uma vida única respeitando sempre os outros.
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 Marco Chagas, antigo ciclista português, deu uma entrevista em que falou de Lance Armstrong como sendo um bode expiatório de todo o escândalo de doping, que culminou com a sua irradiação do desporto e perda de todos os títulos.

Pois bem. Há muita coisa que Marco Chagas diz nesta entrevista acerca deste tema que não fazem sentido. Primeiro diz que o escândalo Festina foi em 93 quando foi em 98. Estranho de um comentador tão requisitado enganar-se num pormenor tão histórico como esse escândalo de doping, que curiosamente, é exactamente antes da subida ao destaque de Armstrong.
Depois diz que no tempo dele já havia EPO e que ele não sabia, mas que estranhava como outros corredores eram tão mais rápidos que ele. Atribui isso à abertura do ciclismo ao leste (WTF!x2000), quando maior parte dos estudos para utilização de EPO vem de Itália, nomeadamente, dos estudos efectuados por Conconi e consequentemente pela profissionalização da utilização desta (e de outras) substâncias e técnicas por Michele Ferrari. Estranho, mais uma vez, um comentador tão requisitado como Marco Chagas não saber isto.
Afirma que como não havia teste para a EPO os ciclistas pediram que a UCI estabelecesse um limite de densidade sanguínea. Primeiro, os ciclistas não pediram coisa nenhuma Bjarne Riis venceu o Tour com um hematócrito de 64. Segundo, não se trata de densidade sanguínea mas sim de nível de glóbulos vermelhos no sangue (que, consequentemente, tem impacto na espessura do sangue). Este nível, referido como hematócrito, tem uma importância grande, porque é o nivel físico que determina a nossa capacidade de esforço. Uma pessoa com um hematócrito baixo, tem um rendimento menor, devido à incapacidade do seu sangue de transportar oxigénio. EPO aumenta a produção de glóbulos vermelhos, tornando o hematócrito mais alto e fazendo do mais amador e inútil corredor um vencedor das montanhas.
O pior é que o excesso de glóbulos vermelhos aumenta a espessura do sangue potencialmente provocando coágulos que podem causar sério danos, incluido mortes.
Este nível (que era hematócrito 50) foi estabelecido porque não havia teste para a EPO, mas apenas para prevenir perigo, porque em condições naturais, um bom ciclista teria à volta de 48 de hematócrito no início e cerca de 38 no final do Tour, pois o corpo não consegue regenerar-se em períodos tão pequenos de tempo entre grandes esforços. Assim sendo, é estranho que os níveis dos ciclistas fossem sempre 46, 48, 49, 47, 48, durante toda a volta. Mas a UCI nada fez. Mas enfim, mais uma vez, o mair comentador de ciclismo em Portugal está mal informado.
Depois saiu-se com a velha frase "todos estavam a fazer doping". Bem, não, não estavam (ver Christophe Bassons). E desde quando é que isto é desculpa? Matou a mãe mas é ok porque todos matam? Que demência é esta?
Entrou em campos falaciosos de dizer que Lance Armstrong era um grande atleta e depois do cancro, por causa da sua luta, passou a ser ainda melhor e por isso é que ganhou o Tour sete vezes. Vamos olhar para os triunfos de Armstrong antes de ganhar o Tour em '99.
Uma das primeiras vitórias de Armstrong foi o Thrift Drug Triple Crown. Era tão bom atleta que subornou a equipa adversária para o deixar ganhar. WOW, que atleta!
Foi campeão do mundo. Ok. Primeiro, todos os indícios indicam que essa vitória já terá EPO misturada, mas não há provas, por isso enfim. Segundo. O Rui Costa também foi campeão do mundo. Ganhar esse título não atesta em nada da qualidade de um ciclista para poder ganhar um Tour. Porque o Campeonato do Mundo decide-se numa só etapa e o Tour em três semanas de continuo esforço. Provas diferentes. Basta ver que de 93, ano em que Armstrong foi Campeão do Mundo, nenhum dos vencedores venceu uma das grandes voltas.
E depois ganhou clássicas (provas de curta duração) aqui e ali. No Tour participou quatro vezes e só chegou ao fim numa das edições em 36º.
Isto é um registo de um bom atleta. Um atleta que se consegue aguentar e num dia consegue superar-se, mas não a imagem de alguém que, do dia para a noite, vence Tours, não só vencendo mas varrendo a concorrência.
Mas Marco Chagas acha que Armstrong ganhou porque era melhor atleta num mundo em que todos faziam o mesmo. E eu digo. Armstrong ganhou porque dopou-se melhor que os outros. Dopou-se de uma forma organizada, profissional e dedicada com um médico que trabalhava para poucos ciclistas. E tratava também de se certificar que os seus colegas de equipa também estavam à altura, com os devidos tratamentos e passos tomados no sentido de usarem o doping da melhor forma.

Marco Chagas não é digno sequer de comentar o ciclismo. Porque por causa de pessoas como ele, é que muitos outros andam com os olhos tapados em vez de verem a verdade de um assunto, neste caso, tão vergonhoso como este que envolveu Lance Armstrong.

Well...

'Young man on acid, thought he could fly, jumped out of a building. What a tragedy.' What a dick! Fuck him, he’s an idiot. If he thought he could fly, why didn’t he take off on the ground first? Check it out. You don’t see ducks lined up to catch elevators to fly south—they fly from the ground, ya moron, quit ruining it for everybody. He’s a moron, he’s dead—good, we lost a moron, fuckin’ celebrate. Wow, I just felt the world get lighter. We lost a moron! I don’t mean to sound cold, or cruel, or vicious, but I am, so that’s the way it comes out. Professional help is being sought. 

“Let’s see: two kids, big fans of Judas Priest commit suicide—wow—two less gas station attendants in the world. We didn’t lose a cancer cure here, folks. We saved those kids a long, troublesome job search.”

Bill Hicks


Ódios de estimação

Pessoa que faz casamentos com grande pompa e circunstância e que, basicamente, encharcam-se de alegria (e outras coisas) num dia, desenhado para ser o dia mais bonito da vida deles e em que todo o extase reprimido, de uma vida inútil e inconsequente, sai à rua.
Depois vão de lua-de-mel ao passo que o extase começa a diminuir até que a lua-de-mel acaba e depois encontram satisfação na mobília da casa e em compra tretinhas, mas a satisfação desaparece e o que lhes fica nas cabeças é o extase que viveram brevemente e em como nada é tão bom como esse dia e nada corresponde às expectativas, porque, meu deus, nunca pensámos nisso antes e avida afinal não se resume à cerimónia de casamento e o casamento em si não é passaporte para a felicidade.
Por serem deficientes mentais deste género é que depois se encontram a procurar explicações a culpar outros pelos seus fracassos. Porque simplesmente nunca pensaram. Pensavam, antes, que o casamento era um botão mágico em que se carregava e tudo ficava bem. Tudo seriam rosas. Pois bem, assim não é!