Ontem, aqui foi publicado um post acerca de uma coisa que está lá bastante bem descrita.

Contudo sinto-me um autêntico déspota, porque parece que destrui a auto estima de um blog, cujo um dos autores teve de escrever um post de infinito tamanho para rebater o que eu disse ontem.

Tenho a dizer várias coisas.

Só para irritar começo com...

"There is only one thing the world worst than being talked about, and that is not being talked about!"

Só para vocês saberem que o que todos dizem ou não é para o lado que durmo melhor.

Insinua-se que se tenho uma opinião pré-formatada de livros clássicos.


"Temos opiniões pré-formatadas sobre um clássico, sobre um bestseller. Queremos sentir-nos integrados num determinado grupo social, é isso?"

Não, não é caro autor do Lydo e Opinado. Se fores ver os comentários deste blog dá para entenderes que eu não me integro num grupo social e pelo contrário repudio qualquer tipo de subdivisão entre as pessoas. Mas bem, se olhares para o teu blog sinceramente, reparas que se alguém se integra num grupo social , és tu.

Mais digo, eu não pré-formatei as minhas opiniões sobre os clássicos, eu li clássicos, alguns, e tenho a devida opinião deles. Mas em certo tempo também li Paulo Coelho e não me arrependo disso, mas hoje, tenho a noção das diferenças e é sobre isso que o post de ontem fala, apesar de ninguém ter reparado.

Quero agora ABRIR ESTE POST A TODAS AS PESSOAS QUE AGEM DA MESMA FORMA (Em caps lock porque no outro post ninguém percebeu que ao fim de 1/4 do outro post deixei de falar do Lydo e Opinado).

É inacreditável que a vossa auto confiança seja abalada por uma coisa que um perfeito anónimo escreveu. Eu usei uma informação para basear a minha opinião de forma concreta. Não fosse toda a cagança que se armou e eu já hoje podia apagar a parte do Lydo e Opinado porque o post continuaria a ter o mesmo valor. Obviamente agora não apago porque senão vão dizer que me acobardei.(Acabei por apagar porque estou-me nas tintas para o que as pessoa dizem ou acham e estou farto da palhaçada).

O que eu escrevi prende-se com a minha discordância da forma como as pessoas lêem os livros. Tal como o Tiago do Lydo e Opinado, a maior parte das pessoas não vê problema em ler o Crepúsculo, eu também não vejo, mas vejo problema em ler o Crepúsculo e atribuir-lhe uma excelente nota. Porque o Crepúsculo é um livro sofrível. Assim como o Código Da Vinci também é. Ponto final.

Quantos autores, mais ou menos conhecidos, e já via a expressarem o seu desagrado, dado que o seu trabalho e dedicação durante anos foi menos valorizado, que o de uma tipa que teve um sonho e escreveu um livro medíocre e de um tipo que carregou um livro de falsidades comprovadas com o objectivo de levantar ondas. Se corroboram esse tipo de coisas, é-me indiferente, contudo a minha opinião é minha e eu posso emitir. Não vejo é onde está a infâmia que eu disse que motivou tamanha resposta do outro blog.

Por outro lado, tal como se lêem livros sem qualquer critério de julgamento e sem dar qualquer importância ao que os livros representam, o post de ontem foi lido exactamente da mesma forma. Não se leu todo e não se compreendeu que não era acerca do Lydo e Opinado, mas acerca de 95% do mundo de pessoas que lê. Temo até, que toda a gente visada amanhã irá fazer uma manifestação em frente a minha casa, porque eu insultei a honra das pessoas.

Finalizo dizendo, para todos os nossos leitores e para os leitores de passagem.

Eu não pertenço a qualquer elite literária, pois a elite literária promove o José Luís Peixoto, autor medíocre na minha opinião. Se o Tiago tivesse lido o meu post de ontem tinha percebido que a minha crítica se dirigia também à "Elite Literária" que ele acha a que eu pertenço. Mas bem, não sei porque esperei ser compreendido, mas é o pão nosso de cada dia para nós, autores do Taste Of Orange.

Podia aqui desfiar parágrafo a parágrafo o post de resposta (?) do Lydo e Opinado, mas não o farei porque obviamente não é algo a que dê assim tanta importância. Apenas quis realçar a falta de interpretação e o excesso de imaginação que levaram a este rebuliço, que me causa enorme tédio pois é mais do mesmo.

P.S - Triste é que este post num dia teve 117 visualizações, a entrevista em português com o Mauro Pawlowski, que é só um dos maiores músicos europeus só teve 39. Só para se ter noção da motivação das pessoas. E ainda há quem diga "Quem não gosta, tem bom remédio: clicar no x ao canto superior direito" imagino que devem ter adorado o que eu disse.

P.S.S - Não irei fazer mais qualquer post ou comentário sobre este assunto, pois já está tudo dito.

Adenda Efémera: em resposta aos últimos comentários no blog em questão.

Jovens, não dissemos nada contra aquilo que vocês defendem, acho que exageraram totalmente uma reacção em relação a uma mera opinião, sendo esta tão "credível" como a vossa. O mundo é relativo e aquela é a nossa verdade, o que não implica de vivermos em harmonia com a vossa. A única diferença é que temos uma opinião e uma selectividade que vamos defender (tanto na net como na vida real) digam o que disserem, ou seja, não mudamos consoante o vento. Temos esta opinião, é levada até ao fim, e que defendemos face seja a quem for. Não dissemos, em ponto algum, que vocês estão errados, ou que são totós, seja o que for. Apenas dissemos que é incoerente, e injusto para autores que se dedicaram à escrita toda a sua vida, sem serem reconhecidos, colocarem as suas obras de arte ao lado de caixas de cereais, veneradas e idolatradas como se fossem algo de bom (apesar das escritas miseráveis!). Mas lá está, esta é a nossa opinião, que não tem de ser, e ainda bem, a vossa, porque muito felizmente somos todos diferentes no mundo. 


Agora isto é um exagero em relação a uma opinião tão válida quanto a vossa. Nós fizemos um apontamento para explicar um ponto geral. Vocês levaram a parte que vos dizia respeito, mas tendo em conta o contexto, o circo é escusado, só isso. E se conhecessem o nosso blog, veriam que não foi com maldade ou intuito de vos acusar a vocês que demos o vosso como exemplo. Ou seja, no fundo, estás a defender um ponto que ninguém pôs em questão. Se soubesse, o João X teria escrito precisamente o mesmo, sem dar qualquer fonte, que foi meramente a título de exemplo. E já não tinha dado aso a tudo isto, inclusivamente várias acusações no teu texto ridículas, que nem me darei ao trabalho de puxar senão, nesta plataforma de entendimento, nem daqui a três mil anos sairíamos daqui. 
Ponto assente: nós não vos estamos a julgar, não é preciso estarem sempre com a conversa do "oh, que falta de credibilidade que nós temos mimimi" qual criança de sete anos, que não era a vocês em concreto que o texto se referia, mas sim ao mundo da crítica literária em geral. No fundo, demos a nossa opinião e tentar passar a mensagem de: O que é que importa o que é que dizem os críticos se são tão incoerentes (para nós)? Mais vale cada um ler e olha, gosta do que gosta, nós gostamos de "boa literatura", se vocês gostam de tudo, então melhor para vocês e melhor para o mercado editorial, muito sinceramente, mas eu tenho direito a achar que há livros de pura e simples porcaria, e há livros que valem o mundo. Porque é que vocês querem tanto fazer ver que tudo o que é livro é bom, e nós não podemos te a nossa opinião de que não, há coisas boas e há porcarias. Ninguém está a dizer que nós estamos certos ou que vós estão certos, e não podemos nós ter a nossa opinião também? Tentámos levar a um ponto de "decide tu o que é bom e não ligues ao que os outros dizem", e vocês acusam-nos de dizermos que não, ninguém deveria ler coisas más, o que é totalmente mentira e não é, definitivamente, a nossa opinião. Estamos a favor de cada um fazer as suas escolhas, tal como nós fizemos as nossas, porque é que vocês insistem em que "tudo é bom e mesmo se eu não gostar vou torturar-me a ler até gostar"? Porque é que não podemos gostar de umas coisas e de outras não sob o signo de que tudo o que vem com uma capa e páginas com letras é válido? Não tem de ser, e para nós não é! Devido a um leque imenso de factores. Se não concordam, ainda bem, podemos todos viver em harmonia, sinceramente. Ainda bem que és alegre, nós também, aliás, não fosse o vídeo dos Monty Python sugerir um final de post leve e alegre, num tom de "paz". Se não querem entende o ponto, problema vosso. Só me chateia teres ido por imensos caminhos desnecessários, em coisas que nós NUNCA tocámos em relação a ti, porque quero lá eu saber, demos a nossa opinião e pronto, tu dás a tua e pronto, valem as duas o mesmo apesar de podermos, ou não, achar coerentes. É só isso rapaz. Mais nada. 


E só um pequeno apontamento em relação ao tão referido por vós ponto sobre a data da leitura: eu quando era pequena também lia muita porcaria, como toda a gente antes de ler algo melhor (para mim) ou de continuar no mesmo tom. Com vocês, aconteceu o mesmo. Mas uma crítica é uma crítica, e não quero saber da data: está feita. Eu não tenho de saber da vossa idade quando leio isso (queres saber da idade ou da altura da vida dos críticos quando lês críticas em revistas?) e por ora, não tenho nada a ver com isso, para mim não é válido enquanto de uma crítica se tratar. Por isso esquece a idade, está feita, está feita, se já não concordas com o que escreveste, problema teu, se concordas, ainda bem, mas está feita e é tão válida quanto as deste ano. E por isso, a minha opinião é formada com base no que está escrito e não a ter em conta uma data de factores com os quais não tenho anda a ver. É tudo, não tenho nada contra vocês apesar de achar que em alguns pontos foste um bocado longe demais pois não nos conheces (aposto que nem o blog leste para ter noção da essência dele), mas ao contrário de ti, ultrapasso isso e aqui me esclareço em relação ao nosso ponto que em nada precisa de todas essas explicações. O texto é grande porque achei necessário para uma melhor compreensão, mas não volto a escrever nem aqui, nem no teu blog, nem sobre esse assunto, pois nem as tuas ideias têm nada a ver com as minhas nem a conversa está a ir numa direcção ascendente, fazendo mais o percurso de uma bola de ténis. Aliás, o último post já tem comentários e imensas "views" o que é absolutamente injusto quando temos outras coisas tão exclusivas neste blog, que não arranjas em mais nenhum, como uma entrevista a um dos melhores músicos europeus contemporâneos de imenso valor e ninguém quer saber, o que está bem, mas só mostra que as pessoas só querem saber de quando há "discordância" ou supostos ataques, que no fundo são um não-acontecimento. Aliás, com esse músico, e muitos outros, passa-se a mesma coisas que com a literatura: pessoas de criatividade infindável, na obscuridade duma Europa toldada por sons de sintetizadores e clichés repetidos.
Ps. Não estou à espera que concordes, visto que a tua opinião também tem algo de volátil, mas também não preciso que o faças. Peace out, muito honestamente, e pelos nosso lados, finito nisto.