Há por aí muitos críticos e cronistas que invariavelmente encontram uma maneira de perder credibilidade de forma extremamente rápida.

E há uma área em que é escandalosa a falta de critério que é possível ter.

Isto porque, enquanto alguns podem ter gostos diferentes acho que a coisa é como o Oscar Wilde dizia:

"There is no such thing as a moral or an immoral book. Books are well written or badly written."

Como é que é possível esses críticos em estrelas darem 3 e 4 estrelas a livros de Nora Roberts, Dan Brown etc? Onde está a credibilidade nisso, quando qualquer autor decente diz, sem papas na língua, que Dan Brown é horrendamente fraco. 
O que me dá a impressão é que as pessoas não querem ter trabalho de mergulhar nos verdadeiros pormenores do livro. Consomem os livros como se de fast food se tratasse em que ler Nicholas Sparks, que escreve o memso livro todos os anos e ler Salman Rushdie que leva 3, 4, 5 às vezes 10 anos para escrever um livro exactamente a mesma coisa.
Em que ler Tolkien, que é simplesmente a "Mastermind" da literatura de fantasia é o mesmo que ler o parvalhão do Christopher Paolini que inventa personagens no final do livro para dar sentido à história.

Será que é mesmo a mesma coisa? É que se é então andamos a ler livros diferentes. Porque os que eu leio do Tolkien estão sobrecarregados de pequenas lutas interiores descritas com a qualidade de um mestre que fazia-me sentir como se estivesse a ler a trilogia há anos, quando li os três livros em mês e meio. 

O que me dá a entender é que as pessoas lêem por ler e não se querem cansar a entender tudo o que se passa, os ambientes, os sentimentos e as ideias das personagens e das histórias. Querem apenas ler livros que de preferência terão um final feliz e que no fim tenham percebido a história e  na cabeça deles o essencial deve ser o personagem fez isto e isto encontrou este e aquele que lhe disseram isto e aquilo e depois aconteceu isto e o personagem fez aquilo e viveu feliz para sempre. Porque de facto os autores escrevem mais duzentas ou trezentas páginas só para dar despesa. 

Por muito que tente não consigo compreender como é que para as pessoas tudo é igualmente fantástico e espectacular. A não ser com o facto das leituras serem incipientes e sem desejo de entender, sem desejo de participar na construção da história e sentir aquilo que sentiríamos se realmente estivéssemos ali, ao lado dos personagens fascinantes vindos das mentes dos bons escritores. 

Enfim, é pena, porque se houvesse mais discernimento não havia tanta porcaria à venda nas livrarias e toda a gente leria mais e melhor.

Como fiz ali a citação do Oscar Wilde tenho de vos deixar mais algumas aqui por baixo :)



Faço minhas as palavras do Oscar Wilde, mais uma vez "There is only one thing worst than being talked about, and that is not being talked about!"

P.S - Este post referiu um blog, mas como as pessoas se vomitaram completamente em entusiasmo pela minha referência, esse nome desapareceu, pois felizmente apagando esse excerto o essencial continua no post, coisa que a maior parte das pessoas parece não entender, mas agora fica mais claro.